29 de outubro de 2015

Num futuro hipotético...

Marina é uma menina de 17 anos. João, seu namorado, tem 18 anos.
Os dois namoram há cerca de um ano. O casal mantém uma vida sexual ativa e sempre se protegeram, João sempre usou camisinha.
Levavam uma vida normal de um casal de adolescentes.
Após voltarem de uma festa, resolveram transar. Por acaso, pelo fogo da situação, esqueceram da camisinha.
Uma irresponsabilidade. Um erro. Mas quem não erra? Quem não é irresponsável aos 17 e 18 anos?
João não conseguiu tirar a tempo.Gozou.
Dentro, Fora, Ao lado. Não tinha mais o que fazer.
Decidiram que seria melhor não arriscar.
Tentaram comprar a famosa "pílula do dia seguinte". Não conseguiram.
Ele tentou na conversa. Negado.
Ela tentou na conversa. Também negado.
Os dois apelaram para o drama. Nada adiantou.
A pílula, outrora permitida, passara a ser ilegal.
O Estado lutava contra o aborto, "Um atentado contra a vida", diziam.
Algumas semanas se passaram e Marina se sente enjoada, conta para João.
Os dois compram um teste na farmácia. Marina está grávida.
Aos 17, nem ensino médio havia terminado. João, aos 18, estudava para o vestibular.
Sem trabalho, Sem chão, Sem apoio.
O medo os impedira de contar às suas famílias.
Não trabalhavam, Não tinham dinheiro, Estrutura, Suporte ou consciência. Que tamanha responsabilidade!
Aos 18 e 17, mal conseguiam cuidar de si.
Como seria cuidar de um bebê? Como seria passar por uma gravidez?
Tão jovem, a menina seria obrigada a cuidar de outra menina.
Pensaram em aborto.
O Estado proíbe. A Igreja condena. A sociedade julga. Por que?
É uma boa pergunta.
"É uma vida ali dentro", insistem.
Mais uma vez, o casal decidiu que era melhor não arriscar.
Mas arriscaram com a vida.
Marina decidiu abortar, não importava o jeito, a criança não podia nascer! Não estavam preparados.
Marina não podia ser mãe. João não podia ser pai.
Acharam uma clínica de aborto clandestina. Foram até lá certos de sua decisão. Juntaram suas mesadas, João pegou dinheiro emprestado.

Marina também pagou.
Com a vida.
Já era tarde demais, nunca mais saiu de lá. Pelo menos não com consciência. Morreu na mesa de cirurgia. Arriscou sua vida por medo de ter que cuidar de outra. Era obrigada a cuidar, assim como foi obrigada a tomar essa decisão.
João nada pôde fazer.
O Estado continuou contra o aborto. Insistia que não podia atentar contra a vida, mas matou Marina.
O Estado que não queria matar, matou. O Estado que via no embrião uma vida, não viu o mesmo numa jovem.
Não deu respaudo. Não deu apoio.Não deu suporte.
O sangue escorrido cai na conta do país.
Marina é só mais um número agora. Virou estatística. A quinta causa de morte materna no país ganha mais uma.
O Estado se cala. Se omite.
Prefere salvar quem não nasceu e matar quem está vivendo.
Todos morrem!
A criança que está na barriga e a criança que seria mãe.
O Estado assiste, calado, omisso e culpado.
Quem é o Estado pra dizer que uma pessoa deve ou não ter filho?
Quem é o Estado pra impedir que uma pessoa seja dona do próprio corpo?
A realidade dói. O Estado mata. E vai matar mais.

26 de outubro de 2015

Afundar (...)

Sempre tive conhecimento do significado da âncora, porém foi após me deparar com um lindo pingente que ele me admirou. A âncora é considerada um símbolo de firmeza, força, tranquilidade e esperança. Ela representa a parte estável do nosso ser, ou seja, aquela que, em meio às tempestades, é capaz de manter a estabilidade dos barcos. Não seria verdadeiro dizer que estou bem, mas permaneço estável mesmo com todo esse caos particular, ainda não deixei a maré me levar.
Às vezes penso que estou me afundando em um mar de saudades, onde deixei o leme para ele guiar e me perdi durante o caminho. Fiz de tudo para o barco continuar ali, o inverno chegou e tempestades vieram, recriei a Âncora que pude, mas o barco já tinha seu destino... Eu não sei os motivos, desconheço as razões, mas ele precisou afundar. Hoje se encontra ao fundo do mar, onde todas as minhas lágrimas desaguaram.

Estou aqui, em terra firme. Não ousarei embarcar em outra viagem, pois todo marinheiro precisa de um porto seguro, e eu não desejo nenhum outro além do que se foi. 
Por: Geisa Bomfim
A Garota do Blog ♥

2 de outubro de 2015

Sou Minha

Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulherSou minha mãe e minha filha, 
Minha irmã, minha meninaMas sou minha, só minha e não de quem quiser”.


Sou o que eu quiser, porque tudo posso ser. Não preciso de meia verdade, palavras falsas ou qualquer metade. Eu nasci inteira, nasci sozinha, não com algum mané. Esse amor reciclado não me seduz, eu quero o novo, eu quero o todo, e quero só para mim. Gananciosa? Nem um pouco, talvez a vida tenha me moldado assim.
Cansei de esperar, cansei de ver a minha vida enchendo-se de feridas enquanto observo pela janela cada segundo passar. Se minhas lágrimas possuem motivo, farei deixarem de existir, há um mundo inteiro lá fora, a visão é maravilhosa, por que me privar de sorrir?

Eu só quero poder enxergar o amanhã, e deixar que ele me veja. Sentir uma brisa leve no meu rosto, ter um olhar de quem deseja. Deseja o mundo, deseja o futuro, deseja um único rapaz. Talvez, seja esse ser que não me veja, o problema é que nenhum outro amor me satisfaz. 
Se não o possuo, não me incomoda de forma alguma. Posso ter o que eu quiser, sendo apenas uma. A noite está aí, para ela eu sou uma criança, vou viver o que me resta, e terminar o dia com essa bela dança. 


Por: Geisa Bomfim
A Garota do Blog ♥

Dignas de Toda Admiração

Mulher diz tudo o que sente sim, mas com uma grande diferença: sem dizer nada. Sabe quando ela demora para responder suas mensagens? Ela se segurou o dia inteiro para mostrar a você que não teve tempo e que não se importa tanto assim. Sabe quando ela não te chama no bate papo ? Anos de estudos para fazer um doce, fingindo que não está morrendo de saudades. Sabe quando ela passa reto de nariz em pé, toda linda e esnobe? É o ”vou fingir que não te vi”. Sabe quando ela não te responde de primeira? Apenas um teste para ver se você está interessado o suficiente para chamar de novo. Complicadas. Inteligentes. Superiores. Enquanto eles se acham espertos elas simplesmente são, sem ter que achar nada. Ela diz que te odeia e te manda ir embora, mas experimenta sair de perto dela para ver o que acontece. Ela desliga o telefone na sua cara e diz que vai sair com as amigas a noite porque você nunca a mereceu, e na maioria das vezes ela deita na cama e chora. Seres extremamente fortes, estupidamente sensíveis. Todo homem deveria ter um dia de mulher. Mulher sabe sorrir quando quer chorar. Mulher sabe desprezar quando quer amar. Mulher sabe ignorar quando a maior vontade é ligar e pedir o amor do canalha de volta. Mulher pensa com o coração e age com a cabeça. Dentro de uma mulher existem sentimentos ocultos. Vulcões em erupção camuflados por enormes geleiras. Mulher tem o poder de passar do lado do babaca que partiu seu coração de salto alto, sorrindo e deixa para chorar em casa. E sabe porque eu gosto das mulheres? Bom, mulher pode estar perdidamente apaixonada. Pensar nele 24 horas por dia e fazer hora extra. Olhar o telefone de 5 em 5 segundos, e a cada toque, achar que é ele. Mas, meu caro, tenha certeza que você jamais saberá disso. Na verdade ela pode estar tendo overdose de amor, ataque de ciúmes, caindo os cabelos de raiva. Mas para ele, ela vai estar vendo um filme de romance na tv e repetindo milhares e milhares de vezes: ”Homem? Ahh.. Só fazendo um modelo novo de fábrica. Zero km. E que de preferência não fale, para não mentir.” Ela pode ser meiga e doce, mas experimente dizer isso a ela. Ela simplesmente sorri com olhos de cinismo e diz “vai sonhando”.
Autor Desconhecido.