Perdi as contas de quantas vezes olhei para uma página em branco e ignorei. Perdi as contas dos dias que venho fugindo, me afastando, correndo desses sentimentos que insistem em aparecer quando estou aqui. Porém, se ninguém te escuta, escreva. Quem sabe as suas palavras não alegram o dia de uma garota, que já triste, observava os velhos livros de uma estante empoleirada num dos quartos da sua casa?
Deixamos a maré nos levar e ela nos arrasta. Bem devagarinho, para o passado ser sempre parte do presente, (droga de presente), para querermos a todo custo que o futuro seja diferente e ele parece demorar tanto para chegar... Quando será? Pode ser amanhã ou daqui a dez anos, os meses passam depressa e nada parece mudar. Por quê? Eu realmente sei que a mudança está dentro de cada um de nós, porém eu nada posso fazer, ainda é cedo e Clarisse só tem quatorze anos.
Um dia.
Quem sabe, um dia algumas coisas possam tomar rumos diferentes.
Prometo não ter medo de cruzar novos ocidentes.
Quero sempre ter a chance de perder a Costa de vista.
E me arriscar a descobrir um novo horizonte desconhecido.
Mesmo que ainda seja cedo, mesmo que por enquanto, eu nada possa fazer.
Um dia, as pedras servirão de escada, eu prometo conseguir crescer.
Por: Geisa Bomfim
A Garota do Blog
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