10 de março de 2015

17h55

Foi naquele momento, naquela rua, a rua na qual vivemos durante anos e nunca sequer cruzamos os olhares e demos meias palavras. O mesmo lugar de sempre, naquele momento pareceu tão diferente, sei exatamente o porquê, nunca o tinha olhado com esses olhos.
Então avistei você, e entre tantas outras pessoas com as quais eu poderia trocar um abraço e jogar uma conversa, caminhei na sua direção. Minhas pernas vacilaram, trêmulas por alguma razão desconhecida, meu peito saltou, explodindo de uma forma que não sinto a tanto tempo. Meu coração? Talvez já não deva usar esse pronome. Fiz uma vitamina com todas as borboletas que invadiram meu interior e engoli em seco, em uma tentativa de acalmar e controlar tantos batimentos incontroláveis.
Espero que não tenha notado o quanto juntei todas as forças para dizer "olá", espero que não tenha notado o quanto admirei sua voz, suas mãos, sua beleza e seu carisma, espero que não tenha notado ou lido meu pensamento enquanto buscava algo para falar pois eu pensava no "nós", espero também que tenha notado o quanto gostei de estar ali, mesmo tremendo como uma batedeira e mesmo com a maior vergonha do mundo.
Como você pôde? Como conseguiu assim, tão rápido? Como foi capaz? Sei que mexe com meu coração a muito tempo, porém nunca estive tão próxima e -talvez- tão distante. Juro, não tive intenção, mas qualquer uma delas seriam anuladas perto do seu sorriso, é covardia ele ser tão bonito.
Por: Geisa Bomfim
A Garota do Blog ♥

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