Whoa, Ordinary Girl

Talvez eu pareça um pouco egoísta, um pouco rude ou, pode-se dizer, ignorante. Talvez eu pareça um pouco frágil, fraca ao extremo e, consideravelmente, mimada. Talvez eu pareça como uma estranha qualquer, volátil, inconstante, bipolar, com humores desconhecidos. Talvez eu pareça apenas comigo mesmo, um pouco da mistura de tudo isso com mais alguns itens, os quais ainda não me foram impostos pela opinião dos outros.

Costumo valorizar (até mais do que deveria) o que as pessoas pensam sobre mim. Gosto de ser agradável, de ser amiga, gosto quando sei que não falam de mim pelas costas e gosto principalmente da verdade. Certo dia um alguém me disse: "Você é uma garota decifrável, eu já entendi você."
Então eu pensei: "Quais diabos ele pensa que eu sou?", "Quais as coisas que ele decifrou?". Se nem eu mesmo, que busco conduzir a minha vida de forma mais tranquila e serena, não sei como me definir ou defini-la, porque ele veria isso de forma mais simples?
Embora tudo na vida tenha uma forma mais tranquila, um jeito menos turbulento, um olhar que transmita paz, não acho que as pessoas sejam assim, essas coisas são inerentes das águas do mar, do azul das nuvens, da Natureza. Eu, você, somos todos complicados, circulados de problemas, preenchidos com defeitos, afogados em coisas que podem ser até desconhecidas. Mas nossa essência, o que diz? Somos decifráveis sob o olhar dos outros? Ou nem nós mesmos nos entendemos por completo? Segunda opção.

 Por: Geisa Bomfim

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