12 de junho de 2014

Pedaços de Vidro



Junte meus cacos com um pouco de amor, recolha-os todos os dias se preciso e os faça ficarem mais fortes com um pouco de água a cada manhã que nascerá com um sol alaranjado. E a cada por do sol, me lembre de que o dia foi bonito o suficiente para fazer com que não caia aos cacos novamente, e se quebrar outra vez, tenha paciência comigo, pois serão pedaços cada vez menores e mais complexos, mas que precisarei de todos e cada um deles para estar e me sentir completa, por mais que um vazio continue habitando por entre esses cacos tolos.
Quando eu falar que não quero levantar, que preciso ficar no chão porque já não tenho força, me entenda. Estou pisando nos meus próprios pedaços de vidros, eles são cortantes, meus pés sangram ao dar cada passo para frente, e por mais que ande, o caminho é sempre o mesmo, novos cacos de vidro me esperam pelo caminho.
As vezes chove. Chove uma chuva ácida, uma chuva de pedras, daquelas pedras que atiraram em mim ao me julgar, ao dizer que não conseguiria, ao me desprezar, me entristecer, me diminuir. Aquelas pedras que um dia pesaram mais que aço sobre os meus ombros, e eu sempre tentei aguentá-las com minhas duas mãos calejadas, e as aguentei, as pedras, os vidros, os pesos, tentei estar de pé ou de joelhos, ele sempre me deu forças, não é difícil suportar o peso, não é difícil viver.
 Por: Geisa Bomfim
Beijinhos, Garota do Blog ♥

Nenhum comentário:

Postar um comentário