23 de setembro de 2014

Olhar de Saudade


A vida corre, o tempo voa, os passos se tornam cada vez mais apressados, fazendo de tudo para cumprir o horário. Trabalho, escola, encontro com amigos, qualquer coisa. É cronometrado, é marcado, é idealizado demais para tornar-se fora do comum. Onde foi parar a espontaneidade das pessoas? A vida não tem horário marcado para iniciar, acontecer ou terminar, entretanto tudo acontece, ganhando o lugar no espaço e na pilha interminável de memórias que ocupam as nossas mentes.

Onde parou o paladar pelas pequenas coisas? Onde estão as pessoas que apreciam o céu ao acordar, o vento das árvores ao entardecer e as flores durante a noite? As flores se escondem, embora continuem ali.
Entre tantas outras coisas para enxergar, avistei uma cerca branca, pequena e arrumada, possuía um doce cheiro de interior, da fogueira, das histórias dos antepassados, tinha também um olhar de saudade, vontade de estar de volta nas fazendas, onde as pessoas a apreciavam todos os dias, arranjavam um tempo para dizer "Bom dia".
Oh, doce cerca branca, as folhas caem sobre ti como grandes lágrimas, choro junto com você. É uma pena não podermos partir de volta ao calor da nossa cidade, onde somos vistos, onde damos sorrisos largos. Oh, cerca branca, serei sua árvore por essa tarde, fique com a minha sombra, deixe que nossas folhas caiam e perfumem o sol.
 Por: Geisa Bomfim
Beijinhos, Garota do Blog ♥

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