Olha o quanto distante estamos, ainda assim percebo o quanto você me tem.
Droga, droga, droga! Eu não paro de me culpar, de me remoer, de lembrar de tudo
que perdi, eu estou me machucando com isso, por favor me tira daqui. Não
aguento mais te ouvir falar sem que sua voz seja direcionada para mim, não
aguento ouvir você falar coisas que me machucam, e sabe disso. Eu preciso do
amarelo das flores durante a primavera, eu preciso do canto baixo ao pé do
ouvido, do olhar doce e encantador que seduz e atrai para si. Eu preciso? Não,
eu precisaria, mas não posso, não o machucarei novamente, não machucarei mais
ninguém, eu me odeio tanto por ter esse jeito, por ser dessa forma, eu consigo
ser firme, eu consigo ser forte, embora as lembranças me enfraqueçam a cada vez
que leio um novo poema e dele lembro, embora o passado esteja sempre presente
comigo e sinta, e toque, e veja seu nome, sua voz, sua vida, passar como um fio
pelos meus olhos, bem longe do meu toque, da meu nome, da minha voz, minha vida,
eu posso continuar juntando todas as pedras que fizeram minhas costas arrearem
e baterem com os joelhos no chão, e todas as pedras que foram propositalmente
ou não jogadas nos outros, me desculpa, me desculpa, eu não consigo ser
perfeita, eu erro mesmo, peço desculpas incessantes se necessários, mas
reconheço que erro, e esse é meu pior defeito, esse é o motivo de noites sem
dormir, motivo que não quero nunca mais repetir. Mas que á de saber? Somos
humanos, portanto erramos, e estou sujeita a isso.
Por: Geisa Bomfim
Beijinhos, Garota do Blog ♥
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