27 de maio de 2014

Transbordando Mágoas



Aquele estado puro em que tudo se dissolve, que tudo passa, que nada é suficiente porque você não quer mais nada, não ter que permaneçam, não quer que vão embora, o que você quer ainda não passa de pensamentos vagos, não tem nome, ainda precisa de mais tempo para ser formulado. Não, talvez eu não precise de tanto tempo assim, eu não quero esperá-lo passar, eu sei o que quero, embora esteja tão longe do meu alcance que me doa completamente o peito, embora eu ache que não deveria fazer nada para alcançá-lo porque eu o distanciei, embora não me sinta digna para vê-lo outra vez, para abraçá-lo sem poder tocar em seu rosto, em seus lábios, seus cabelos. Porque eu sempre erro? Por quê? E por mais que eu tente não me culpar, eu me culpo, é inevitável, estou apenas dizendo a verdade, eu criei tudo isso. O início, o meio, o fim, sempre fui a culpa deles.
Tudo que eu toco, morre, e isso é o sinônimo de pesadelo para mim, achei que tinha passado, que o tempo tinha me feito melhor, mas continuo a mesma idiota de sempre. E como vou estar quando escutar aquela voz? Aquela voz que me deixava mole e desajeitada, que sussurrava baixinho no ouvido, aquela voz pela qual me apaixonei, como estarei? Eu a ouvirei, eu o verei outra vez? Idiota, idiota, idiota! Pra que me transbordo de perguntas e incertezas? Porque tenho tanto medo de encarar isso? Porque sou pequena e o mundo é grande, porque me sinto sozinha e vazia dentro dessa órbita cinza, porque me sinto pouco para tanto, isso está acabando com meu ser, fazendo com que a fruta principal desse ser morra aos poucos, e está morrendo.
 Por: Geisa Bomfim
Beijinhos, Garota do Blog ♥

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