Será mesmo
que não precisamos do outro? Muitos acham que conseguimos ser uma máquina
autocontrolada, boa o suficiente para trabalhar sozinha, mas foge da nossa capacidade e realidade sermos perfeitos, somos dependentes
um do outro. E agora o volume do mundo pesa nos nossos ombros enquanto
permanecemos de olhos fechados. Conseguimos ouvir os pássaros, os carros, as
folhas balançando e as vozes vindas de diferentes direções, ouvimos tudo isso e
ao mesmo tempo estamos surdos, nossa mente projeta milhares que ilusões, de
coisas que aparentemente podem não ter sentido, embora possam se tornar reais,
a partir do momento que passamos a acreditar nelas.
Quem
saberia que podemos sentir o infinito, e que até podemos ser infinito? É assim que
me senti, lágrimas chegavam a bater na porta dos olhos, e quase se entregaram a
emoção do estar ali, mas o sorriso se estendia discretamente nos lábios.
Naquele momento podíamos jurar que éramos infinitos, podíamos jurar que
qualquer coisa era possível, e que para isso bastava fechar os olhos, é tão bom
poder pensar assim. Será que estamos certos mesmo? Opiniões divergentes,
pessoas iguais, naquele momento reduzidas a pequenos pontos do continente azul,
pontos que se ligavam, mas não estavam tão juntos, porque embora perto um do
outro, cada mente viajava em seus próprios universos paralelos.
E quando
enfim abrimos os olhos e tentamos buscar o mundo real, as pessoas reais... Como
levantar já que dói tanto? Como levantar com tantas pessoas nos olhando, nos
julgando se estamos certas ou erradas? Como levantar se temos medo de encarar o
mundo e as pessoas ao nosso redor? Eis a resposta, não precisamos sermos bons o
tempo inteiro, e se nos julgarem incapazes, é culpa da vida, nunca somos bons o
suficiente, mas tire força dos seus pensamentos, das suas fraquezas, busque a
força no peso que seus pés e mãos te causam ao tentar levantá-los. Busque e
encontre, levante e veja que o mundo não pode te destruir. Na verdade, se eles
eram amigos ou completos desconhecidos, na verdade pouco nos importava que eles
existissem.
Você sente
essa onda de entusiasmo, complexidade, suavidade, leveza? Você sente essa força
que vem do ar apenas com o bater das asas dos pássaros? Nesses momentos podemos
perceber que a vida não faz só exigir de nós, ela nos acalma também, nos
emociona, nos deixa com vontade de viver. Intensamente, plenamente, viver. E
por mais que às vezes nós pensemos em desistir, jogar-se da janela do quinto
andar não é a melhor opção. Com tanta coisa que já passamos e que ainda vamos
passar, porque parar? O tempo não para, o mundo gira, e por mais que seja um
desafio acompanha-lo, nós o aceitamos.
Por: Geisa Bomfim
Beijinhos, Garota do Blog <3
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