18 de fevereiro de 2014

De Olhos Fechados



Será mesmo que não precisamos do outro? Muitos acham que conseguimos ser uma máquina autocontrolada, boa o suficiente para trabalhar sozinha, mas foge da nossa capacidade e realidade sermos perfeitos, somos dependentes um do outro. E agora o volume do mundo pesa nos nossos ombros enquanto permanecemos de olhos fechados. Conseguimos ouvir os pássaros, os carros, as folhas balançando e as vozes vindas de diferentes direções, ouvimos tudo isso e ao mesmo tempo estamos surdos, nossa mente projeta milhares que ilusões, de coisas que aparentemente podem não ter sentido, embora possam se tornar reais, a partir do momento que passamos a acreditar nelas.
Quem saberia que podemos sentir o infinito, e que até podemos ser infinito? É assim que me senti, lágrimas chegavam a bater na porta dos olhos, e quase se entregaram a emoção do estar ali, mas o sorriso se estendia discretamente nos lábios. Naquele momento podíamos jurar que éramos infinitos, podíamos jurar que qualquer coisa era possível, e que para isso bastava fechar os olhos, é tão bom poder pensar assim. Será que estamos certos mesmo? Opiniões divergentes, pessoas iguais, naquele momento reduzidas a pequenos pontos do continente azul, pontos que se ligavam, mas não estavam tão juntos, porque embora perto um do outro, cada mente viajava em seus próprios universos paralelos.
E quando enfim abrimos os olhos e tentamos buscar o mundo real, as pessoas reais... Como levantar já que dói tanto? Como levantar com tantas pessoas nos olhando, nos julgando se estamos certas ou erradas? Como levantar se temos medo de encarar o mundo e as pessoas ao nosso redor? Eis a resposta, não precisamos sermos bons o tempo inteiro, e se nos julgarem incapazes, é culpa da vida, nunca somos bons o suficiente, mas tire força dos seus pensamentos, das suas fraquezas, busque a força no peso que seus pés e mãos te causam ao tentar levantá-los. Busque e encontre, levante e veja que o mundo não pode te destruir. Na verdade, se eles eram amigos ou completos desconhecidos, na verdade pouco nos importava que eles existissem.
Você sente essa onda de entusiasmo, complexidade, suavidade, leveza? Você sente essa força que vem do ar apenas com o bater das asas dos pássaros? Nesses momentos podemos perceber que a vida não faz só exigir de nós, ela nos acalma também, nos emociona, nos deixa com vontade de viver. Intensamente, plenamente, viver. E por mais que às vezes nós pensemos em desistir, jogar-se da janela do quinto andar não é a melhor opção. Com tanta coisa que já passamos e que ainda vamos passar, porque parar? O tempo não para, o mundo gira, e por mais que seja um desafio acompanha-lo, nós o aceitamos.


Por: Geisa Bomfim
Beijinhos, Garota do Blog <3


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