Perdoem

Perdoem a ignorância humana, e toda essa falta de compreensão, os julgamentos realizados sem pesquisas e as ofensas processadas em silêncio. Perdoem as palavras que destroem, todas elas ferem tanto o vosso peito, as marcas que guardais nos rostos, feitas por todos os idiotas que os machucaram. Perdoem essa cegueira sem medida, toda essa falta de amor, quando o próximo é tido como um lixo, a sociedade é o grande opressor. Só não perdoem esse preconceito desmedido, cada um queimará pelo próprio egoísmo.
Uma pergunta: QUAL O PROBLEMA EM SER DIFERENTE, PORRA? O que o sexo de uma pessoa vai afetar na vida dos demais? Por que falar tanto de amor, quando não aceitam qualquer interpretação variada dele? Vocês não sabem amar, não são dignos de pronunciar sequer essa palavra. O amor nunca teve definição, nunca teve uma forma, uma cor, um padrão, é um sentimento, o mais intenso entre eles. O amor surge de dentro pra fora e não precisa de hora, de sentido ou de uma pessoa certa para chegar. O amor nos transforma, e se for amor, nunca para o mal.
Entretanto, sabe o que deveria realmente ser transformado? O preconceito de toda essa gente que não aceita, a mente de todas as pessoas que insistem em chamá-lo de errado, de pecado, de imoral, de nojento. Sabe o que é nojento? Ver medíocres que oprimem, maltratam, apontam os dedos para o que querem e não se importam com os sentimentos de ninguém. Sabe o que é pecado? Não amar uns aos outros e não aceitá-los como são.

Por: Geisa Bomfim

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