Já
é a terceira vez que vomito nos últimos quarenta minutos, estou fadada ao
fracasso. Perdida. Confusa. Deslocada. Louca. Estou perdendo os sentidos sobre
mim, vejo sangue escorregando da minha boca e terra nas minhas unhas.
Estou
no ultimo andar de uma casa, ou devo dizer mansão? Não estou presa, mas não sei
como vim parar aqui, poderia jurar que minutos antes estava no táxi...
-
É isso... Porcaria! - Consegui me levantar da poça se sangue e vomito que
estava ao meu lado, as paredes da sala eram escuras, rústicas, pareciam
enevoadas e formavam desenhos aleatórios. O chão parecia feito de fumaça e o
teto estava rachando aos poucos, foi quando ouvi teus passos e ele apareceu em
uma janela que até então não tinha notado.
-
Flavius que lugar é esse? O que você está fazendo comigo? - Eu me contorcia à
medida que olhava para ele, cabelos negros longos, pálido e forte, seus olhos
demonstravam poder.
-
Pequena Anelise, tão pequena e burra que dá dó.
Isso foi um insulto? Prefiro não revidar, afinal, ele esta em melhores
condições no momento.
- Flavius, por favor, o que eu faço?
- Não importa, apenas tente manter-se viva, querida.
Tento gritar, mas é em vão, Flavius apenas pula a janela, quando vou
olhar através dela ele já não esta mais La, e é uma altura significante para
ele simplesmente "pular".
É, sou Anelise Gray, tenho 14 anos, sou filha única e moro em Toronto.
Tenho cabelos curtos castanhos e olhos cor de mel, era o que minha mãe dizia.
Em relação ao momento presente, lembro-me de estar em um taxi, adormeci e
acordei neste lugar, aparentemente tão distante da realidade, tão escuro e
sombrio. Encontro uma porta entreaberta no final da sala, posso morrer a
qualquer momento afinal, decido atravessa-la e chego a um covil.
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